Queridos irmãos.
Sabemos que, quanto mais consciência o ser toma de sua verdadeira natureza e do exílio que a encarnação na matéria supõe por sua essência cósmica, nela surge uma certa tristeza, uma nostalgia, típica de quem se sente e se reconhece como um forasteiro em um ambiente que se distancia, cada vez mais, de seu sentimento e seu ser.
Mas, mais uma vez, devemos lembrar que essa ainda é uma ilusão "maia". É uma ilusão, como um véu, mas uma ilusão no final.
A nostalgia pelo "retorno ao lar perdido" deve ser sempre um estímulo, um impulso, um sopro de esperança para servir e se entregar aos propósitos do verdadeiro Ser, que anseia por sua habitação e que se reconhece como a menor parte de um todo supremo e sublime.
Este Ser se reconhece como portador de uma chama.
Então, irmãos, vocês sentem e devem sentir nostalgia, mas uma nostalgia positiva e motriz que os leva além dos limites da matéria, até o centro daquilo do "Tudo O Que É".
Porém, quando você se permite que esse desejo, belo e elevado, interfira na sua personalidade, surge o desânimo, surge a nostalgia que, longe de seguir adiante, paralisa e destrói.
Esse é o tipo de sentimento, ou melhor dizendo, uma associação de sentimentos que você deve evitar.
Esse sentimento nobre, rico e verdadeiro, de que o desejo ancestral, através dos milênios, de "voltar para casa" deve ser o motor e o promotor do seu serviço e da sua alegria, porque essa é a sua fé e força.
Não deixe que seja contaminado pela autopiedade, pelo egoísmo ou pelo cansaço.
Você sabe que os tempos estão ficando cada vez mais rápidos e se tornarão ainda mais rápidos.
Você também sabe que o Serviço não é confortável nem descansado, mas lembre-se também de que as energias estão à sua disposição e que você nunca será solicitado a dar mais do que pode.
Lembre-se, também, de que quanto maior o serviço, maior a ajuda, e também maiores os esforços e o trabalho.
Aqueles que escolheram ficar até o fim devem ser os mais fortes.
Fortes na fé, fortes no propósito, na preparação e no serviço.
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